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Revista / CARREIRA

Talento do teatro musical, Gabi Camisotti vê na arte seu melhor aprendizado: 'Em construção'

Em entrevista à Revista CARAS, Gabi Camisotti entrega vontade de estudar e explorar novas vertentes na carreira

Mariana Silva

por Mariana Silva

mariana.silva@editoracaras.com.br

Publicado em 06/05/2024, às 11h00

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Em seu lar, doce lar, na Fazenda Boa Vista, no interior de SP, a atriz contempla a natureza - Fotos: Samuel Chaves
Em seu lar, doce lar, na Fazenda Boa Vista, no interior de SP, a atriz contempla a natureza - Fotos: Samuel Chaves

Uma das atrizes de teatro mais promissoras de sua geração, Gabi Camisotti (25) acaba de despedir-se da temporada paulistana do espetáculoBeetlejuice e aproveita a pausa para refletir sobre sua evolução profissional. “Olho para trás e me lembro do primeiro dia de ensaio, de como estava nervosa, sabendo do tamanho da responsabilidade que tinha. Agora, me percebo no palco, onde meu compromisso é com o público. Entendo o quanto estou me divertindo, verdadeiramente feliz e preenchida”, entrega ela.

Para Gabi, que assumiu dois papéis diferentes no espetáculo, o desafio se tornou ainda mais empolgante. Intérprete de Skye, a escoteira cômica, e Lydia, a protagonista com uma carga dramática intensa, a atriz teve que equilibrar sua energia em intensidades diferentes. “Saber dosar meu tempo de preparo e meu foco entre as duas personagens foi um diferencial desse projeto”, diz ela, que teve a chance de dividir a cena com Eduardo Sterblitch (37).

Poder trocar com o Edu, ter aprendido tanto vendo ele e meus outros colegas trabalharem, só me dá a certeza de que se deve confiar no processo e não temer o resultado”, analisa ela. Ainda que esteja evoluindo cada vez mais na profissão, Gabi enfatiza a importância de permanecer centrada e com os pés no chão. “Sou focada, sei que eu ainda sou uma artista em construção”, pondera ela, creditando parte dessa disciplina ao convívio com a mãe, a diretora artística Cecília Simões.

Eu gosto de pensar que tenho uma percepção aguçada e boa para entender os pontos que preciso melhorar e que devo correr atrás”, avalia a artista. Embora se considere bastante autocrítica, Gabi busca transformar as avaliações que faz de si mesma em resiliência. “Estou sempre tomando cuidado para não virar algo prejudicial para minha saúde mental. Tento exercitar um olhar carinhoso comigo mesma”, conta ela, reconhecendo a importância de comemorar as vitórias ao longo do caminho.

Para a gente poder crescer é preciso ter generosidade com cada processo. Sinto que, no nosso trabalho, sempre temos a oportunidade de crescer e levo isso muito a sério, mas também sei os momentos de comemorar as vitórias”, explica.

Para o futuro, Gabi planeja tirar um tempo para estudar e se dedicar a projetos pessoais. “Há algum tempo, tenho pensado na possibilidade de estudar um breve período fora do País. Estou feliz em ter essa oportunidade de tirar um tempo para mim”, afirma ela, que ainda destaca sua participação na série Uma Garota Comum, que estreará ainda neste ano no catálogo da Disney+.

Os futuros projetos no teatro brilham no horizonte, mas a atriz está ansiosa para explorar novas oportunidades no mercado audiovisual. “Sinto que isso é importante não só para o crescimento técnico, mas também para o artístico”, diz.

Além de sua carreira no palco e na tela, Gabi é defensora da arte como ferramenta de transformação social. Atualmente, ela comanda o projeto sem fins lucrativos intitulado Cena 1, que tem como objetivo descobrir e desenvolver jovens talentos, oferecendo-lhes acesso gratuito ao mundo das artes e do teatro musical. “Eu tenho muito orgulho desse projeto e de como ele me ajudou a crescer e ter uma percepção maior de vida”, entrega a jovem.  

Fotos: Samuel Chaves; PRODUÇÃO: RENATA BORGES